A retina é uma das estruturas mais importantes do olho humano. Localizada na parte interna do globo ocular, ela tem a função de captar a luz que entra nos olhos e transformá-la em impulsos nervosos, enviados ao cérebro pelo nervo óptico. É graças à retina que conseguimos enxergar com nitidez e perceber detalhes como cores, formas e movimentos.
Por ser tão essencial, qualquer alteração na retina pode comprometer de forma significativa a visão e até levar à cegueira.
Neste guia completo, você vai conhecer:
- O que é a retina e qual a sua função.
- Principais doenças que afetam a retina.
- Sintomas de alerta para procurar um oftalmologista.
- Exames de diagnóstico mais utilizados.
- Cirurgias e tratamentos disponíveis.
- Cuidados de prevenção para manter a visão saudável
O que é a retina e qual a sua função?
A retina é uma fina camada de tecido localizada na parte posterior do olho. Ela funciona como uma espécie de “tela de projeção” natural, onde as imagens que enxergamos são captadas e depois transformadas em sinais elétricos. Esses sinais são enviados ao cérebro por meio do nervo óptico, que os interpreta e gera a visão.
Funções da retina
- Captação da luz: células especializadas da retina, chamadas fotorreceptores, recebem a luz que entra no olho.
- Transformação em sinais elétricos: a energia luminosa é convertida em impulsos nervosos.
- Condução ao cérebro: os sinais seguem pelo nervo óptico até o córtex visual.
- Formação da imagem: o cérebro processa essas informações e constrói a imagem final que percebemos.
Estrutura básica da retina

Fotorreceptores: células sensíveis à luz, divididas em dois tipos:
- Cones: atuam em ambientes claros e são responsáveis pela visão de cores e detalhes.
- Bastonetes: funcionam melhor em ambientes pouco iluminados e permitem distinguir formas e contrastes.
Células nervosas: milhares de neurônios na retina trabalham em conjunto para transmitir as informações visuais.
Nervo óptico: é o “cabo condutor” que conecta a retina ao cérebro e leva os sinais processados.
A retina pode ser comparada ao filme fotográfico ou ao sensor digital de uma câmera. Assim como a câmera capta a cena e a transforma em uma imagem, a retina captura a luz do ambiente e a traduz em informação que o cérebro compreende como visão.
Quando há doenças ou lesões na retina, essa função é prejudicada, o que pode causar desde distorções visuais até a perda total da visão.
Principais doenças da retina
Diversas condições podem afetar a retina. Conheça as mais comuns:
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
A Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo destaca que a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas de perda de visão em idosos.
Uma das principais causas de perda de visão em pessoas acima dos 60 anos. Afeta a mácula, região central da retina responsável pela visão de detalhes. Pode ser seca (evolução lenta) ou úmida (progressão rápida e grave).
Retinopatia diabética
Complicação do diabetes que danifica os vasos sanguíneos da retina. Pode causar hemorragias, edema e, em casos graves, descolamento de retina. É uma das maiores causas de cegueira em adultos em idade produtiva.
Descolamento de retina
Ocorre quando a retina se separa da parede interna do olho. É uma emergência médica, pois, sem tratamento rápido, pode levar à perda irreversível da visão.
Buraco macular
Caracteriza-se pela formação de uma abertura na mácula, levando à perda progressiva da visão central.
Outras doenças da retina
Além das condições citadas, existem outras doenças relevantes:
- Retinopatia hipertensiva: causada pela hipertensão arterial mal controlada.
- Oclusão da veia da retina: entupimento dos vasos sanguíneos retinianos.
- Distrofias hereditárias da retina: como a retinose pigmentar, que causa perda gradual da visão ao longo dos anos.
Sintomas de problemas na retina
Os sinais de alerta relacionados à retina muitas vezes passam despercebidos no início. No entanto, reconhecer os sintomas precocemente é fundamental para evitar complicações graves. Entre os principais:
- Visão embaçada ou distorcida: objetos parecem deformados (linhas retas se tornam tortas) ou pouco nítidos.
- Moscas volantes: pontos ou manchas escuras que se movem no campo visual.
- Flashes de luz: sensação de clarões súbitos, comum em casos de tração ou descolamento da retina.
- Perda súbita de visão: parcial ou total, podendo afetar a visão central ou periférica.
- Manchas escuras no campo visual: conhecidas como escotomas.
- Dificuldade de adaptação à luz: demora para enxergar em ambientes escuros.
Se qualquer um desses sintomas aparecer, é essencial buscar atendimento oftalmológico especializado em retina imediatamente.
Exames para diagnóstico da retina

O diagnóstico precoce é a chave para preservar a visão. A clínica CORE Oftalmologia dispõe de exames modernos e especializados para avaliação da retina:
Fundoscopia
Também chamado de exame de fundo de olho, permite que o oftalmologista observe diretamente a retina, a mácula e o nervo óptico, sem a dilatação pupilar. É essencial para identificar alterações iniciais. Este exame, por ser realizado sem dilatação pupilar, não é completo como o exame de Mapeamento da Retina. É como se examinássemos o fundo de olho através de um buraco de fechadura, pois a pupila se fecha com a luz, logo, não se examina a retina completamente e com detalhes.
Mapeamento da Retina
Este exame, mais aprofundado e completo, é o primeiro passo a ser realizado quando temos sinais e sintomas de doenças da retina ou quando queremos preveni-las. Ele é realizado sob dilatação pupilar – utilizando lentes especiais e equipamento de iluminação – permitindo que toda a sua retina, central e periférica, seja examinada detalhadamente. Ao dilatar a pupila é como se abríssemos uma porta para um exame minucioso de toda a retina, detectando e prevenindo doenças como a retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), descolamento de retina, rasgos e degenerações da retina, tumores malignos e benignos, dentre outras doenças. Idealmente deve ser realizado por um oftalmologista especialista em retina.
Tomografia de coerência óptica (OCT)
Um exame de imagem de alta resolução que gera cortes transversais da anatomia da retina, permitindo avaliar camadas internas e detectar doenças como DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade) e buraco macular.
Angiografia com fluoresceína
Consiste na injeção de contraste na corrente sanguínea, permitindo mapear os vasos da retina e identificar alterações circulatórias.
Retinografia
Fotografia detalhada da retina que auxilia no acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Cirurgias da retina

Quando os tratamentos clínicos não são suficientes, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários. Entre os principais:
Vitrectomia
Uma das cirurgias mais realizadas em retina. Consiste na remoção do vítreo (gel que preenche o olho) para tratar descolamentos, hemorragias e buracos maculares. O vítreo é substituído por uma solução especial, gás ou óleo de silicone.
Fotocoagulação a Laser
Utilizada para selar vasos sanguíneos anormais ou reparar pequenas rupturas. Muito indicada em casos de retinopatia diabética e pequenos descolamentos da retina.
Cirurgia escleral
Consiste no uso de uma faixa de silicone colocada ao redor do olho, para pressionar a esclera e reposicionar a retina descolada. É indicada em determinados casos de descolamento da retina.
Injeções intravítreas
Aplicação de medicamentos diretamente dentro do olho, como anti-VEGF, que reduzem a proliferação de vasos sanguíneos anormais na DMRI e retinopatia diabética.
Esses procedimentos são altamente especializados e devem ser realizados por oftalmologistas experientes em retina.
Cuidados e prevenção para a saúde da retina
Embora algumas doenças da retina tenham origem genética, muitas podem ser prevenidas ou controladas com cuidados diários:
- Controle do diabetes e da pressão arterial: manter níveis adequados de glicemia e pressão ajuda a reduzir riscos de complicações.
- Alimentação equilibrada: incluir alimentos ricos em antioxidantes, vitaminas A, C e E, além de ômega-3.
- Evitar o tabagismo: o cigarro acelera o envelhecimento da retina e aumenta o risco de DMRI.
- Proteção solar: o uso de óculos com proteção UV previne danos cumulativos.
- Exames oftalmológicos regulares: mesmo sem sintomas, check-ups anuais são essenciais para detectar alterações precocemente.
Perguntas frequentes sobre retina (FAQ)
Quais são os primeiros sinais de descolamento de retina?
Moscas volantes, flashes de luz e sombra no campo visual podem indicar início de descolamento. É uma urgência médica.
A cirurgia de retina dói?
Os procedimentos são realizados com anestesia local ou geral. Pode haver desconforto no pós-operatório, mas a dor é controlada.
Toda pessoa com diabetes terá retinopatia diabética?
Não necessariamente, mas o risco é alto se não houver controle da glicose. O controle rigoroso da glicose, consultas e exames regulares (Mapeamento da Retina) com especialista em retina ajudam a prevenir.
Qual é o melhor exame para avaliar a retina?
O Mapeamento da Retina, realizado por um especialista em retina ou retinólogo, é o exame inicial e imprescindível para avaliação da retina. O especialista em retina é treinado para identificar as mais diversas doenças a partir dele. Caso necessite outros exames, como o OCT ou Angiografia, ele indicará o mais adequado em cada caso.
A cirurgia de retina recupera totalmente a visão?
Depende do tipo, gravidade, tempo dos sintomas e agilidade no tratamento da doença. Em alguns casos, o objetivo é preservar o que resta da visão e evitar que o quadro piore.
Conclusão
A retina é fundamental para a visão e merece atenção especial. Conhecer as principais doenças, sintomas e exames disponíveis é o primeiro passo para preservar a saúde ocular.
Na CORE Oftalmologia, localizada em Vila Velha, no Espírito Santo, contamos com tecnologia de ponta e equipe especializada em retina para diagnóstico e tratamento.



